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Daily Routine by Cristina Ferreira

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Daily Routine by Cristina Ferreira

08
Fev18

O "Game of Thrones" visto pela mamã....


Cristina Ferreira

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Eu sei que já chego tarde à série, mas não tive a oportunidade de a ver antes... A aproveitar a repetição no TVCine Séries, estou tão fascinada que não posso deixar de escrever sobre ela! 

 

Há duas personagens no "Game of Thrones" que me fascinam... Não, não vou falar do Jon Snow, nem da sua carinha fofinha! Não, não vou falar do charmoso Jaime Lannister, nem dos músculos do fabuloso Khal Drogo! Bom, também reparei neles obviamente! Afinal uma das "enormes desvantagens" de ser mãe de dois meninos é ser "forçada" desde muito cedo a ver filmes de super-heróis, piratas e dragões, batalhas e espadas, músculos e mais músculos! Uma verdadeira tortura! Ao fim de quase 15 anos a acompanhá-los por esse tipo de "cenas", a minha mente foi, inocente e inevitavelmente, moldada e há de facto duas coisas que eu finalmente aprendi a apreciar numa série: uma boa batalha e uns lindos músculos! Coisas que no "Games of Thrones" abundam! Mas, e já agora, realço que esta série estou a ver sozinha, pois considero que há cabeças demais a serem cortadas, para com 13 e 15 anos assistirem...

 

Acabei ontem o último episódio da 2ª temporada e acordei hoje a pensar na Cercei Lannister… Criatura implacável, fria e calculista tem, no entanto, nos seus três filhos o seu ponto fraco. Não ames ninguém, pois amar fragiliza-te! Ama só os teus filhos!” aconselhava ela num dos episódios anteriores... Aceita as loucuras e crueldade do filho mais velho, atual rei, continuando a amá-lo e a defendê-lo contra tudo e contra todos!

 

Ao lado dela, a minha personagem preferida: Tyrion Lannister, o irmão anão, sempre repudiado e humilhado, dos belos Cersei e Jamie Lannister! É doloroso observar não só o quanto é desprezado e não valorizado apesar da inteligência e capacidade de estratégia que tem, como é repugnante a forma como o culpam constantemente pela morte da mãe que faleceu ao lhe dar à luz... Como pode uma criança ser culpada de algo de forma tão absurda?

 

É apenas uma série, eu sei, mas fiquei a pensar nas mães... Não, nem todas as mães amam incondicionalmente os seus filhos... Não, nem todas as mães merecem o amor incondicional dos seus filhos... Talvez uma gravidez não planeada possa levar a uma eterna frustração e afastamento... Talvez elevadas expectativas e exigências que a criança não consiga cumprir possam levar a desilusão e falta de amor pelo próprio filho... Sei que isso existe, mas não consigo sequer imaginar mais razões para pois, felizmente, tive a sorte de não ser assim: adoro os meus meninos mais do que tudo.

 

Consciente de que não sou nem nunca serei uma mãe perfeita tento, no entanto, dar o meu melhor e apoiá-los incondicionalmente: elogiar os pontos mais fortes e aceitar os pontos mais fracos. Ensino-os acima de tudo a perceber que ninguém é perfeito e que não têm de o ser para ser amados! Não faço comparações: nem entre eles, nem com outras crianças... Tento ensiná-los a aceitarem e a valorizarem o que de bom e o que de menos bom têm... 

 

Mas paralelamente, tal como a Cercei Lannister também eu sou, ou fui, demasiado tolerante... Há uns dias atrás, estava eu na sala de espera do dentista e ao meu lado uma criança, que não devia ter mais de 4 ou 5 anos, brincava com os pés no sofá... A mãe repreendia-o, discretamente e sem qualquer convicção, e ele continuava! Farto de estar sentado, a dada altura levantou-se e começou a passear "rapidamente" pela sala de espera! Feliz e contente, soltava gargalhadas e entoava vocábulos num tom que na "Escala dos sons" poderia talvez ser considerado demasiado elevado... A mãe, tranquila, continuava a repreender sem convicção e segura de que ele jamais iria obedecer!

 

Era querido, muito querido o miúdo! A importunar provavelmente todos os que estavam ao meu lado, a mim fez-me sorrir: "Tal e qual como os meus! Adoro putos reguilas!" pensei. Depois, observando os rostos ao meu redor e quase envergonhada, questionei-me: "Será que na altura também me lançavam olhares assassinos e eu nem me apercebia tão encantada estava sempre com os meus dois reguilas?!" Eu não seria, penso eu, capaz de compactuar com loucuras como as do Joffrey Lannister caso algum dia algum dos meus meninos se lembrasse de as fazer! Mas quantos disparates de crianças, que provavelmente importunavam as pessoas à minha volta, eu terei tolerado só por ser uma mãe deslumbrada e babada? Eu que sempre fui demasiado permissiva... 

 

E veio-me à memória a moral de uma história que o meu pai contava: "Quem feio ama, bonito lhe parece!" No meu caso era mais: "Quem reguilas ama, bem comportados lhe parecem!" Adaptei-me aos meus filhos? Sim! Admiro crianças reguilas e mexidas e torço o nariz àquelas demasiado paradas... Serei nisso uma Cersei Lanniston? Talvez... É tão difícil educar!

 

01
Fev18

A procrastinação!


Cristina Ferreira

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Procrastinação: ato ou efeito de procrastinaradiamentodelonga

in Dicionário infopédia da Língua Portuguesa

 

 

Sonhar acordado em vez de trabalhar ou estudar? Divagar, dar prioridade a tarefas ou actividades não prioritárias? Adiar a realização daquela tarefa ou o estudo daquela matéria seca demais... até não poder mais adiar porque o tempo urge e o adiável converteu-se em obrigatório? No meu tempo chamavam-lhe preguiça, desleixe, irresponsabilidade, falta de produtividade... Palavras e expressões provavelmente demasiado pejorativas, grosseiras e indelicadas foram hoje substituídas pela tão em voga palavra procrastinação!

 

Reconhecida como moda, é quase um orgulho saber procrastinar! Somam-se os artigos sobre dicas para combater a procrastinação: desde aprendermos a aceitar a nossa aptidão inata para a procrastinação e não nos repreendermos injustamente por ela, passando por elaborar listas, dividir tarefas em blocos de tempo, aprender a começar pelas tarefas mais difíceis... até ao eliminar das distrações no ambiente que nos rodeia, realçando inclusivé a possibilidade de instalação de Apps concebidas para bloquear Apps que nos possam eventualmente distrair no computador, tablet ou telemóvel! Vale tudo no que toca à tão famosa e popular procrastinação! Tão bom deixar para amanhã o que podemos fazer hoje! 

 

Hoje ao almoço também nós falámos de procrastinação começando com o nosso já tão familiar diálogo do: "Então filho, correu bem o teste?" versus "Correu mamã mas... talvez pudesse ter corrido melhor... Para  a próxima vou começar a estudar mais cedo..." O dilema dele: criar uma rotina de estudo diária! O meu dilema: como é que uma mãe que também procrastina ensina um filho a não procrastinar?!

 

Já racionalizámos falando mil e uma vezes dos prós e dos contras, já dei sermões de mãe até não já me conseguir ouvir mais, já alterei rotinas de jantar de forma a podermos libertar-nos mais cedo para estudar um pouco a seguir ao jantar... "Está melhor mamã! Desta vez já comecei uns dias antes... Estou a melhorar!

 

Na ultima reunião da escola, a diretora de turma, professora mais velha e experiente, disse uma frase que me ficou no ouvido: "Eles chegam ao 10º ano muito imaturos e vão melhorando... No 11º e 12º a maioria deles já tem rotina de estudo criada e já consegue subir facilmente as notas... O problema é que as notas mais baixas do 10º ano os perseguem e arruinam a média quando chega o momento de concorrerem para a Universidade!"

 

É verdade que vejo no meu menino grande uma evolução e uma maior maturidade... Ele ainda não sabe o que vai querer seguir mais tarde... Com 15 anos como pode saber? Mas e se a diretora de turma tiver razão? E se a sua maturidade não evoluir suficientemente rápido e lhe arruinar mais tarde a média? E se ele descobrir uma súbita vocação para algo que exija uma média mais alta e for tarde demais? 

 

Hoje ao almoço decidi mudar de estratégia:  deixar de lado a procura das hipotéticas técnicas mágicas de criação de rotinas de estudo e aliviar a pressão! Decidi mostrar-lhe com humor o meu próprio cúmulo da procrastinação: o meu cesto da roupa!

 

Considerando-a uma das tarefas domésticas mais inuteis e açambarcadoras de tempo que algum dia inventaram, decidi deixar de passar a ferro há alguns anos atrás! Só compro roupa prática que não exija cuidados desnecessários para além dos inevitáveis lavar, secar, dobrar e guardar! Tenho um segredo: a máquina de secar. Quando o tempo está humido, seco a roupa diretamente nela, mas mesmo quando a seco no estendal, faço-a passar por lá uns minutos para a aquecer! A seguir quentinha é só esticar e dobrar! Até aqui tudo bem: simplificar e despachar a coisa!

 

Faço tudo metodica e rapidamente até ao colocar da roupa no cesto... Depois no momento de passar do cesto para os roupeiros: procrastino! Nunca consegui perceber porquê, mas a verdade é que pouso o cesto na sala e ele fica ali, por vezes só horas a fio, por vezes até ao dia seguinte... O meu menino grande riu-se e disse que até já tinha reparado, mas nunca associara esta parvoíce a procrastinação! 

 

É dificil educar. Devemos ser exigientes? Sim! Devemos exigir-lhes a perfeição? Não... Às vezes quando não sei o que fazer para o motivar, dou-lhe os meus maus exemplos na esperança de que ao, de alguma forma comigo se identificar, se sinta motivado... E às vezes, não é que resulta?! Hoje passou quase duas horas da tarde a estudar! Com pausas e intervalos, verdade, mas conseguiu! E já até me desafiou para estudarmos os dois lado a lado depois de jantar: ele fica na Física e Química e eu vou para o meu Português! 

 

 

31
Jan18

Envelhecer... Começa no olhar...


Cristina Ferreira

 

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É verdade que os anos vão passando.... É verdade que está escrito por aí que eu nasci em 1973, é verdade que eu hoje tenho 44 anos, é verdade que eu farei 45 anos em outubro. É verdade que certamente já vivi metade da minha vida... Mas é verdade também que nunca até hoje pensei que me pudesse acontecer a mim... É oficial: estou a envelhecer!

 

Olho para o espelho e não vejo cabelos brancos. É verdade que estão disfarçados pelas camadas e camadas de tinta loira que já uso há tantos e tantos anos que já nem recordo qual a cor natural dissimulada lá por baixo! Sim talvez eles espreitem e teimem em aparecer, mas enquanto os puder disfarçar, disfarçarei! Não pertenço aquele grupo de mulheres apologistas da cor natural cujos cabelos brancos sonham um dia exibir com orgulho... 

 

Olho para o espelho e à volta dos olhos e dos lábios já vejo umas linhas fininhas... Diariamente, de manhã e à noite, já há muitos anos e sem abrir exceção, sigo uma rígida rotina de cuidados faciais: desmaquilhar, anti-rugas e contorno de olhos. A rotina diária complemento-a com esporádicas esfoliações e máscaras... Sim uso e abuso do que estiver ao meu alcance para adiar o aparecimento de novas linhas! E sorrio... Sorrio muito pois dizem que se sorrirmos muito as rugas aparecem nos pontos certos e ao invés de enfear o rosto, continuarão a embelezá-lo!

 

Acreditava naquela expressão que quando começamos a envelhecer começamos a usar: "A idade não importa! O que importa é a mente! A mente não envelhece..." Nunca senti as minhas forças falharem... Cansada fisicamente só mesmo quando exagero no ginásio! Sou saudável, felizmente sempre fui... Nunca estou doente! Na brincadeira até costumo dizer que o Universo sabe que eu não posso ficar doente... Longe da família e com o ex-marido no estrangeiro quem tomaria conta dos meus meninos? 

 

Hoje percebo o quanto era absurdo e até presunçoso da minha parte, mas sempre pensei que enquanto eu recusasse envelhecer não envelheceria! Esta minha mania de ver o copo sempre meio cheio e de querer olhar sempre para o lado bom da vida!

 

Um dia, estranhamente as letras começaram a bailar nas folhas dos meus livros e para as parar e obrigar a ficar sossegadas eu comecei a ligeiramente afastar-me para trás! Inicialmente não percebi... Mas as dores de cabeça que lentamente chegaram depois não deixaram margem para dúvidas!

 

Segundo o médico ligeiramente idoso que me atendeu com um sorridente "Bem vinda ao grupo!" e que me presenteou com um belo discurso sobre a idade e a progressão da diminuição da visão, até aqui tive muita sorte! "Normalmente", explicou ele, "a visão começa a fraquejar aos 40 anos... Parabéns! Já está 4 anos atrasada!" Bem ganhei 4 anos, mas confesso que mesmo assim apanhou-me desprevenida... Eu velha e com óculos por causa da idade? 

 

Fui busca-los hoje e mostrei-os aos meus meninos. O meu bebé grande olhou-me com alguma tristeza mas acariciou-me suavemente a nuca com um: "Até te ficam bem mamã... Ficas só com um ar um bocadinho mais velha!" Já o meu menino grande olhou seriamente para mim e com revolta protestou: "Não te quero ver com óculos! Não quero que sejas velha!"

 

"Calma! É só para ler!" consegui eu consolar... Estranho como consigo sempre buscar forças para os consolar mesmo quando por dentro eu estou cheia de medo... Será este apenas um simples pontinho no meu ainda longínquo e distante inicio de processo de envelhecimento... Viverei ainda saudável por muitos e muitos anos? Ou será o inicio da minha decadência física? Que virá a seguir? Dores musculares? Surdez? Memória? Dentadura?

 

Bom parece que chegou o momento de aceitar com carinho a sorte de ter apenas um pequeno problema de visão que se resolve com uns óculos de pôr e tirar... e de me dedicar a elaborar uma lista das coisas positivas do envelhecimento para o copo, que momentaneamente meio vazio ficou, meio cheio voltar a ficar!

27
Jan18

Sou uma mãe babada!!!


Cristina Ferreira

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Verdade: sou uma mãe babada! Sempre fui... Costumam dizer-me que tenho muita sorte com os meus filhos e é verdade: tenho!

 

Educar não é tarefa fácil e, como talvez a maioria das mães, também eu sinto que cometi muitos erros. No entanto, quando tenho diálogos como o que há pouco tive com o meu menino grande, ele vira costas e eu sorrio orgulhosamente pensando sem qualquer ponta de humildade: "Esta forma de pensar, de planear, de decidir... Fui EU que lhe ensinei!"

 

Não sou uma mãe galinha! Costumo dizer que não estou sempre em cima deles, mas estou um metro atrás sempre atenta e prontinha para os apanhar se houver algum risco de caírem!" Estou atrás, estou ao lado... Acompanho, observo, vigio, analiso... Tudo sempre sem impedir que eles aprendam sozinhos o que devem aprender sozinhos, sem impedir que se testem, sem impedir que cresçam...

 

Quando eram pequeninos, contrariamente aos conselhos que pessoas ao meu redor me davam, nunca os deixei chorar sozinhos! Adormeci-os muitas e muitas vezes ao colo! Agoiravam que eu estava a criar filhos mimados e caprichosos! Mentira! Objetivamente: mentira! Eu criei filhos que sabem que aconteça o que acontecer podem sempre contar comigo...

 

Quando eram pequeninos e colocavam mil e uma questões, sobre tudo e sobre nada, a todas eu respondia... Nunca deixei uma única questão por responder! Nunca respondi com um "Sim, sim!" ou um "Não, não!" sem ouvir com atenção... Sempre que tinham uma dúvida, uma questão, eu tentava responder e repetia até eles perceberem e não restar qualquer hesitação... E eles aprenderam a confiar em mim!

 

Por vezes, no final de um dia de trabalho, era difícil... Mas eu tentava explicar: "Desculpa... Podes esperar só um bocadinho que a mamã está cansada..." Aprenderam que mamã não era incansável e que a mamã às vezes precisava de silêncio... Aprenderam que depois de descansar voltava e lhes dava toda a atenção... Eles aprenderam a respeitar!

 

Nunca dei ordens sem explicar porquê. Nunca usei o "Porque sim!" ou o "Porque eu é que mando!" Explicava porque é que era o mais correto, o mais saudável, o melhor para eles... Se me desafiaram? Claro que sim! Se eu poderia ter sido mais rigorosa? Talvez... Se teria sido melhor para eles? Não sei...

 

Ensinei-lhes o porquê de existirem regras e rotinas pois só assim as podem cumprir de livre vontade. Ensinei-os a pensarem por eles, a ter opinião própria e espírito crítico, a saber observar, avaliar e decidir... Nas tomadas decisão, claro que a última palavra é minha, mas desde sempre debati os mais variados temas com eles...

 

Às vezes é difícil perceber onde está a fronteira, perceber onde está o limite entre o correcto, o excesso e o errado. Sim é difícil educar e impossível não falhar... 

 

Não! Os meus filhos não são dois anjinhos perfeitos! Pelo contrário: com dois anos de diferença de idade entre eles, sempre foram dois reguilas! Mas são os meus reguilas! E eu sou uma mãe babada! Não sei o que o futuro me reserva, mas neste momento sinto que os estou a colocar no bom caminho...

24
Jan18

TAG - 25 Perguntas Aleatórias!


Cristina Ferreira

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Ora então respondendo ao desafio encaminhado pela Rute d' O meu maior sonho, cá estão finalmente as minhas respostas...

 

 1. Sais de casa sem...?

Sem os meus filhos que infelizmente já não me ligam nenhuma! Nem me lembro quando foi o último passeio "a sério" em família... E não estou a brincar!

 

2. Qual é a tua marca de maquilhagem preferida?

Já não uso maquilhagem com o "rigor" que usava há uns anos atrás... Ainda tenho algumas sombras da Kiko, a base é da Lancôme, mas o meu companheiro inseparável insubstituível, e que já me realça o olhar há alguns anos, é o Mega Volume Collagene 24 da L'Oreal. 

 

3. Qual é a tua flor preferida?

A tulipa... Fascina-me o seu misto de fragilidade e elegância...

 

4. Qual é a tua loja de roupa favorita?

Favorita ou onde costumo comprar? Adoro a Salsa... Mas compro na H&M

  

5. Saltos altos ou baixos?

Confesso que já opto cada vez mais pelo conforto! Saltos altos cada vez mais só em ocasiões especiais... 

 

6. Qual é a tua cor favorita?

Branco... Eternamente o branco...

 

7. Qual é a tua bebida preferida?

Água! Ando sempre com a garrafinha atrás...

 

8. Qual é o teu hidratante favorito?

Facial? Ultimamente oscilo entre os Nivea e os L'Oreal (o que estiver em promoção quando precisar de comprar!) Corporal? O Creme Barral. E tenho sempre comigo uma latinha de Nivea azul: mágica para os lábios secos ou gretados!

 

9. Pretendes casar? 

Novamente? Não! O meu casamento durou 10 anos e temos 2 filhos fantásticos... Está feito!

 

10. Irritas-te facilmente? 

Não! Aliás, há uns anos atrás, o meu menino grande até me maravilhou com um: "Mamã! Se existisse um record do Guinness para a mãe mais paciente do mundo, esse record era com toda a certeza para ti!"

 

11. Róis as unhas? 

Ups... Agora já não, mas roí até aos 33 anos! O segredo para deixar? Vergonha profissional: supervisora de um Centro de Estética era uma vergonha ter as unhas roídas! Noblesse a quanto obrigas, mas pelo menos curou o vício!

 

12. Já desmaiaste? 

Não, nunca...

 

13. Onde estavas há 3 horas atrás?

Na sala agarrada ao livro de preparação do Exame de Português!

 

14. Estás apaixonada? 

Sim! Sou apaixonada pelos meus filhos! Sou apaixonada pelos meus sonhos e projetos por vezes mirabolantes... E claro pelo meu M. !

 

15. Qual foi a última vez que foste ao shopping?

Hoje ao almoço, mas só de passagem... Não comprei nada! Sim, sou talvez das poucas mulheres que conseguem atravessar lojas e lojas sem comprar nada! Mesmo... (Espreita aqui: Esta sou mesmo eu!)

 

16. Assististe algum filme nos últimos 5 dias?

"Passengers" no ultimo fim de semana. O dilema, a seguir, cá em casa foi: "E se fosse contigo? Acordavas alguém? Suicidavas-te? Ou deambulavas pela nave acordado sozinho até morreres de forma natural?"

 

17. Como estás vestida agora?

Calças de ganga, como sempre... 

 

18. Qual foi o último alimento que comeste?

Ao lanche: torrada com leite!

 

19. Qual é o teu animal favorito?

Nunca consegui decidir entre o cão e o gato... Cresci na aldeia na companhia dos dois! Em casa dos meus pais chegámos a ter, em simultaneo, 4 cães e 7 gatos!

 

20. Como seriam as tuas férias de sonho?

Há sonhos que já prefiro não ter... Continuar a ter férias já é um sonho!

 

21. Quais são os planos para hoje à noite?

Se conseguir, mais umas páginas de Português... Se não, só umas páginas de "Harmonia perfeita" de Barbara Wood, livro que estou quase a acabar... Para a devoradora de livros que sou, alguma leitura antes de dormir é o único plano noturno obrigatório!

 

22. O que estás a ouvir agora? 

O silêncio da sala, o som dos meus dedos no teclado... E os rumores distorcidos que chegam dos vídeos do Youtube que os miúdos estão a ver no quarto!

 

23. Colecionas alguma coisa? 

Se chamarmos coleção à louça rachada que não consigo jogar fora: sim! Tenho uma pequena coleção de canecas e pratos lascados que já uso com os miudos há anos, mas como cada lasca conta uma história, não consigo jogar fora...

 

24. Comes fastfood?

Muito raramente... Só em dia de "festa"... A nível de alimentação, não sigo nenhuma dieta louca, mas sou muito equilibrada...

 

25. ??? Afinal só são 24 perguntas mas chama-se 25...  Bom, sendo assim, vou então nomear as minhas sucessoras (que espero não estar a repetir):

 

Kamini d' Achintya

Miss X de Louca Sereia

Paula Rocha de Mãe do coração sou eu

Gabriela Lima de Não importa se estive ou não

L de Simplesmente simples

 

 

 

17
Jan18

Mãe? Egoísmo vs. Orgulho!


Cristina Ferreira

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Sou uma mãe egoísta! Não só por vezes me apetece parar o tempo pois não quero que os meus meninos cresçam, como também não quero que se tornem autónomos e independentes: quero que precisem sempre de mim! Quero ser útil e continuar a deles cuidar! Sim... Vergonhoso, mas é verdade!

 

No que às pequenas tarefas do dia a dia diz respeito, só no verão passado me apercebi que o meu menino grande tem 15 anos! De repente entrou para o 10º ano e para mim foi como um soco no estômago, um cair na realidade! Passei o verão a repetir: 15 anos, 15 anos, 15 anos...

 

Para além das minhas habituais divagações sobre como foi possível o tempo passar tão rápido, dei comigo a lembrar e comparar todas as coisas que eu já fazia com 15 anos: ajudava a cozinhar, ajudava a arrumar a casa, tratava da minha roupa... Ele? Bom confesso que muito pouco ou quase nada... No início deste ano letivo, finalmente percebi que as coisas tinham de mudar...

 

Há pequenas tarefas que ele faz de boa vontade, outras que vai adiando na esperança que eu faça... Aliás aos meus pedidos de ajuda na arrumação, aprendeu a responder com a expressão: "Sabes mamã, às vezes eu não arrumo logo e mesmo assim aparece no armário! Parece que vem um anjo e arruma..." Sim eu sei: é pura chantagem emocional, mas sabe tão bem, não sabe?

 

Seja como for são 15 anos e em abril serão 16... Meu Deus, em Abril 16?? Como é possível, já 16 anos??! Ok! STOP mamã! Para com isso mamã!... 

 

Dizem que eu penso demais... É verdade: sempre tive esse vício! Quando eram pequeninos e, saíamos para passear ou entravamos num local novo, eu avaliava minuciosamente e nos primeiros segundos todas as possibilidades de acidente: os pontos dos quais não se poderiam sequer aproximar, os pontos dos quais poderiam mas só se não largassem a minha mão e os tranquilos pontos estratégicos onde estariam bem seguros!

 

A cada mudança eu pondero e pondero demais! Avalio com cuidado também a repercussão que os disparates que por vezes digo ou faço possa ter neles... Incapaz de impor regras rígidas, sempre optei por educar pelo exemplo. Se o "Se faz favor..." e o "Obrigada!" eram imperativos, também o era o "Desculpa!" quando errava... 

 

Quanto às tarefas: decidi dividir. Por exemplo, o pequeno almoço sirvo eu, o lanche preparam eles... Bom confesso que o lanche nem sempre, mas quem resiste a um: "Mamã por favor, podes pôr tu a manteiga? Pões com tanto amor e carinho que sabe melhor..." Já a roupa alternamos, às vezes dobro eu, às vezes dobram eles... Mas nos quartos não há excepção: aí são sempre eles!

 

Sei que aos poucos vão aprender a fazer tudo sozinhos, mas até lá, será que é muito grave se eu continuar a tratar de algumas coisas e serei perdoada se tudo fizer com muito amor e carinho? 

 

Quando às vezes vou para fazer e já fizeram ou quando algo que eu deixei fora do lugar já encontro arrumado, não posso evitar sorrir... Foram eles! Os meus meninos estão a crescer, estão a aprender a ser independentes e eu fico tão orgulhosa!

 

 

 

15
Jan18

Olhar o mar.. ou amar?...


Cristina Ferreira

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Por mais teorias que se inventem sobre a importância da solidão e o aprender a viver sozinho, continuo a achar que é tudo treta e que na verdade poucos são os que gostam, querem ou conseguem estar sempre sós!

 

Separei-me há 8 anos atrás... Inicialmente, e apesar da inevitável dor causada pela separação, adorei a sensação de liberdade novamente adquirida! Ao meu lado, a absoluta certeza de que só sozinha conseguiria caminhar em direção à tão buscada felicidade! "Todo o espaço e tempo disponíveis na minha vida são agora só para mim e para os meus filhos!" pensara eu, e com convicção, na altura... Doce ilusão!

 

Se os esporádicos fins de semana sem os meus meninos até se foram tornando suportáveis, as férias não! Foi aliás nas primeiras férias em que eles partiram com o pai, e apenas durante uma semana seguida, que eu senti, pela primeira vez, que um dia eles iriam partir para sempre e que para sempre eu iria ficar sozinha!

 

Foi aí que começou a minha luta com o tempo, foi aí que eu percebi que o tempo voaria e foi aí que eu percebi que eles iriam crescer a uma velocidade que eu jamais iria conseguir controlar!

 

"Ainda és jovem! Ainda és bonita! Logo casas outra vez!" repetiam à minha volta... Mas eu só pensava: "E os meus filhos? Como se introduz uma nova pessoa na vida deles sem ocupar espaço? Como posso eu sequer ter tempo, "concentração" ou até "disposição" para um relacionamento sem roubar o tempo deles?..."

 

Eu sei, eu sei! Dirão as mães mais práticas e experientes que eu penso demais! E sim, talvez seja verdade... Mas os meus filhos são os meus filhos e, digam o que disserem, façam o que fizerem, os meus filhos foram e serão sempre a minha prioridade... Pelo menos enquanto eles assim o desejarem... E sim, friso: "assim o desejarem" pois sei que isso está e vai continuar a "mudar"... E, foi e é, esse "mudar" que me permitiu começar a sentir e a usufruir de "alguma liberdade"...

 

Inicialmente, quando eles partiam de férias, eu tentava sair, divertir-me e até conhecer novas pessoas.... Mas quando eles voltavam, eu sentia-me novamente completa e preenchida e, uma pessoa nova que tentasse entrar num mundo que só a nós os três pertencia, tornava-se inevitavelmente, e a curto prazo, um invasor mal recebido!

 

Um dia decidi que bastava: ia seguir à riscas as teorias da solidão e que se lixasse quem me queria voltar a casar! Não adiantava eu tentar enganar-me: os meus filhos eram o centro da minha vida e ninguém ia conseguir entrar para ficar! Confesso que começou por correr bem ... Mas aí conheci o meu M.!

 

O meu M. foi diferente... Não pressionou, não exigiu, não invadiu... Aceitou e admirou a mãe que eu era, a mãe que eu sou e a mãe que eu, espero, continuarei a ser... Mas nesta que é, quiçá, uma fase de transição, em os meus meninos já não me "querem" a tempo inteiro e são os primeiros, ao domingo à tarde, a "despachar-me" com um carinhoso: "Vai mamã! Vai ter com o teu M.!" para assim poderem ficar tranquilos a jogar on-line com os amigos, agora sim, eu vou sem remorsos e sem culpa... Deixo a mamã em casa e levo apenas comigo a Cristina que sente que já tem o direito de voltar...

 

Há uns anos atrás, quando ainda vivíamos, em família, em Viana do Castelo, íamos frequentemente os quatro passear à beira mar. Com o meu, na altura, ainda marido observávamos perguntando-nos, sem conseguir entender, qual seria o prazer de ficar apenas dentro do carro a olhar o mar... Gozávamos dizendo que, aquele ato repetido por ocupantes de inúmeros carros estacionados alinhados, lado a lado, ao longo da praia, devia ser alguma elaborada e enraizada tradição Vianense!

 

Ontem fui com o meu M. à beira mar. Estava vento e ficámos no carro. Lembrei-me de Viana percebendo que, num casamento, ou numa vida em que já não se é feliz, se quer mais e sempre mais: sair, passear, fazer mil e uma coisas para disfarçar e ocultar a infelicidade que vai chegando e se instalando... 

 

Às vezes sinto-me a oscilar entre dois mundos... Num ainda sou só a mamã, noutro volto aos poucos a ser também a Cristina... Uma Cristina que agora até consegue, num domingo à tarde, ficar feliz, quentinha no carro à beira mar, simplesmente a olhar o mar ... e a amar... 

11
Jan18

Ter um filho é um ato de egoísmo...


Cristina Ferreira

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Passei há uns tempos por um blog de uma mulher que se questionava sobre ter ou não ter filhos. Após leitura de alguns dos seus posts percebi que a decisão no casal já estava tomada. Ela ainda tinha algumas dúvidas pois os textos do blog transmitiam como que um pedido de socorro, uma urgente necessidade de aprovação de que a decisão tomada era a mais correta... Apesar de talvez, no fundo do seu coração, ela própria saber que queria mais...

 

Com o marido haviam decidido que não deviam ter filhos por causa da instabilidade e incerteza que hoje em dia no mundo se vive, pois esta leva inevitavelmente à crença de que qualquer nova criança que nasça virá certamente a sofrer...

 

O telefone tocou, eu fechei a janela do blog e não a segui, nem tive tempo para comentar... Quando mais tarde voltei aos blogs já não a consegui encontrar.

 

Identifiquei-me com algumas das suas palavras. Desde que me lembro de mim que sonho ser mãe e ter uma grande família. Cresci com um irmão rapaz e sentia falta de mais companhia. Desde tenra idade que o meu sonho de familia ideal eram 4 filhos! Por diversas razões, fiquei pelos dois, mas como costumo dizer, tenho dois que valem por quatro!

 

Por volta dos meus 20 anos senti, no entanto, aquela mesma preocupação... Todos nós temos momentos em que nos sentimos infelizes, perdidos, desorientados... Senti nessa altura que ter um filho poderia ser um ato de egoísmo... Criar um novo ser apenas para nosso deleite pessoal, sem termos a possibilidade de lhe garantir que será para sempre feliz é egoísmo...

 

Casei aos 25 anos e aos 27 já não consegui continuar a fugir ao chamamento do meu relógio biológico... Tomámos a decisão, fiz os exames necessários, primeira tentativa e no mês seguinte estava grávida! A gravidez correu bem, o meu bebé nasceu perfeito e de um parto sem qualquer complicações. Dois anos depois nova gravidez, mais uma vez sem problemas e mais um bebé saudável!

 

Se me continuei a questionar? Para mim, os meus filhos foram e são a melhor coisa que me aconteceu... Para eles? Sim, até hoje são felizes... Se o vão ser para sempre? Não sei...

 

Mas sei que a responsabilidade da decisão foi minha... Quando um dia os vir sofrer, quiça por causa da instabilidade, por amor, por doença ou por dúvidas existênciais, sim vou certamente sempre lembrar-me que a decisão de os ter foi minha! Fui eu que egoisticamente decidi ter 2 filhos... Sim ter um filho é um verdadeiro ato de egoísmo...